Khadhya sempre mostrou
uma aversão em enfrentar o microfone e o público, nasceu e viveu no
interior do país onde as informações relativamente ao Hip Hop, chegavam
aos repelões, Khadhya sentia falta de algo na sua vida porque nem a
igreja muito menos a política lhe cativavam. Graças a dinâmica da
evolução sociopolítica, e por volta de 1997 viria solidificar as ideias
que careciam duma fundamentação. Faz assim do Hip Hop o escape das suas
ambições, angustias, desabafo e outras manifestações humanas. Nunca
pensou em cantar porque desde cedo sempre entendeu que a cultura em
causa, não só absorvia Mc´s, como também ativistas e ideólogos, começou a
difundir mensagens incomuns nos locais públicos e sem saber quem vai
cantar, começa a escrever as primeiras rimas. No ano 2008, após a
conclusão do II Cíclo, decide deixar a sua cidade natal (Malange) e ruma
para Luanda (berço do Hip Hop) em busca de uma formação superior. Uma
semana depois, conhece um amigo que diz chamar-se Kilunge com os mesmos
objetivos tanto acadêmicos como artísticos. Enquanto colegas da
Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto na Filosofia descobre
que este já tinha uma história no movimento Hip Hop o que fortificou a
relação de amizade ambos.
Para além de compositor, Khadhya desenvolve técnicas de produção por aconselhamento do seu amigo Kilunge com instrução do Haudaz também Mc. Um ano depois, fundaram a label a que denominaram SAPERE AUDE.
Justino kilunge “tino” artisticamente tratado por kilunge,
é um mestre de cerimóniaS, deste imenso movimento artístico e cultural
universalmente conhecido como hip hop. Em Luanda, começou a manifestar
as primeiras tendências musicais em 1997 e gravou a sua primeira música
no ano de 2000, isto fora nos estúdios dos djs, Betinho e Kito na
Machine, bairro Hhoji-ya-Henda onde nascera aos 12 de abril. Fez parte
de vários agrupamentos musicais (passes), tais como. Os Bredopick, os
Afro-budas, a Brigada Salvaterra, Inferno 9, os Negros do Gueto,
Coligacao Periférica, os Missionários do rap, Sobreviventes do Inferno
etc.
Enquanto compositor e Mc, Considera-se
um dinamite rimador, que transforma todas as vivências em versos
rítmicos. Cujas abordagens críticas, profundos reparos e sugestões
solucionáveis referem-se geralmente nos apelos a justiça, a liberdade, a
paz, a independência de consciência, a revisão política, a prostituição
religiosa, o amor ao próximo, revolução social, etc. Por isso faz rap
de caráter interventivo, ¨rap-underground” e revolucionário.
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